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Sangha UBP

12 novembre 2006

Gosto muito desta

folhas_e_mangas

Antoine de Saint-Exupéry era um verdadeiro ser humano. Quero dizer alguém que olha para a humanidade a partir da sua solidão e se enternece. Gosto particularmente desta passagem da "Terre des Hommes" que vem quase no fim do livro:

"Uma vez que, para nos libertarmos, basta que tomemos consciência do objectivo que nos liga uns aos outros, temos de procurar o que nos une a todos. O cirurgião que visita o seu paciente não se limita a ouvir as sua queixas. Através dele, é a humanidade que quer curar. O cirurgião fala uma linguagem universal. O mesmo acontece com o físico, ao meditar as equações quase divinas que se aplicam ao átomo como à nebulosa. O mesmo acontece ainda com o simples pastor. Porque mesmo se guarda modestamente algumas ovelhas debaixo das estrelas, ao tomar consciência do seu papel, descobre que é mais do que um servo, é uma sentinela. E cada sentinela é responsável pelo império inteiro. (...)

Só quando tomarmos consciência do nosso papel, por mais pequeno que seja, é que podemos ser felizes, viver e morrer em paz porque o que dá sentido à vida dá sentido à morte."

Lindo, não é?

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9 novembre 2006

Vazio? Não está vazio!

"Neste momento não faz mais sentido chamar vazio ao vazio.

Imensidão do desconhecido que me aconchega e recebe cada vez que medito.

Navego, pairo e perscruto o desconhecido que me conhece!

Cada vez que reflicto, a conclusão entra em mim de forma fresca e estabelece-se um nervosismo e uma certeza pacífica.

É como uma constatação e digo: Claro é mesmo isto!”

8 novembre 2006

Descontrai-te

bambu

A mensagem essencial é:
Descontrai-te no momento presente,
Descontrai-te na ausência de esperança,
Descontrai-te na morte, não te oponhas ao facto de tudo ter um fim, das coisas passarem, de não terem durabilidade, de tudo mudar constantemente.

Pema Chödrön

8 novembre 2006

Meditação

Escrevo, isso eu sei, não sei porquê
Sei que caminho na imobilidade da noite
E no horizonte em que me sento
Sinto-me

Sinto-me e escrevo
Mas entre hemisférios opostos
A relação que se estabelece
Não é a essência da poesia?

Respiro, e de igual modo escorrem palavras
Uma troca constante mantém-me vivo!
Penso nas estrelas que brilham
E desfaleço na terra sombria

Uma roda gigante gira
Secretamente dentro de tudo isto...
- E logo se estendem indeléveis ramos
No despontar perpétuo de uma aurora interior

José Ocidental (alguns anos antes)

7 novembre 2006

Eu e os outros

- Senhor, é verdade que bons amigos espirituais são metade da vida espiritual?
- Não, Ananda, os bons amigos espirituais são toda a vida santa. Toma refúgio na comunidade espiritual.

citado por Lama Surya Das

Estou só, e contudo não estou só, pois estou neste planeta com triliões de criaturas vivas, todas desejosas tanto quanto eu de felicidade, todas receosas tanto quanto eu da dor e do desgosto, todas presumivelmente com o mesmo direito que eu de agarrar a felicidade e fugir da infelicidade tanto quanto possível. Como me relacionar com estes companheiros de uma forma positiva e construtiva?

Stephen Batchelor, Alone with Others

Investigar profundamente a questão "quem é o outro?" pode levar à experiência directa de que o outro é o nosso próprio Eu - que, na realidade, não há outro.

Adyashanti, The Heart of Relantioship

Fotografia tirada n'O Quintal :)

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